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Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas » Capítulo II – Das manifestações Espíritas – Ação oculta » Manifestações inteligentes

Se os fenômenos de que acabamos de falar se limitassem a efeitos materiais, não ha­veria a menor dúvida que poderiam ser atribuídos a uma causa puramente física, à ação de algum fluido cujas propriedades fossem ainda desconhecidas. Já o mesmo não acon­teceu quando deram incontestáveis sinais de inteligência. Ora, se todo efeito tem uma causa, todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente. Fácil é reconhecer num obje­to que se agita um simples movimento mecânico e um movimento intencional. Se, pelo ruído ou pelo movimento, esse objeto dá um sinal, é evidente que há a intervenção de uma inteligência. Diz-nos a razão que não é o objeto material que é inteligente, de onde concluímos que ele é movido por uma causa inteligente estranha. Tal é o caso dos fenô­menos de que nos ocupamos. 

Se as manifestações puramente físicas, de que acabamos de falar, são de natureza a cativar nosso interesse, com mais forte razão quando nos revelam a presença de uma inteligência oculta, porque então não é mais um simples corpo inerte que defrontamos, mas um ser capaz de nos compreender, e com o qual podemos trocar idéias. Compreen­de-se, desde logo, que o modo de experimentação deve ser absolutamente outro do que seria se se tratasse de um fenômeno essencialmente material e que os nossos processos de laboratório são insuficientes para nos dar conta dos fatos pertinentes à ordem intelec­tual. Já não se pode mais aqui fazer questão de análises ou de cálculos matemáticos das forças. Ora, é precisamente este o erro em que caíram a maioria dos cientistas: julgaram-­se em presença de um desses fenômenos que a ciência reproduz à vontade, e sobre o qual é possível operar como sobre um sal ou um gás. Isto nada lhes tira de seu saber. Apenas dizemos que eles se enganaram julgando que poderiam meter os Espíritos numa retorta, como o espírito de vinho, e que os fenômenos espíritas não pertençam mais ao domínio das ciências exatas do que às questões de teologia ou de metafísica.


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