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O Livro dos Espíritos » Parte Terceira - Das leis morais » Capítulo XII - Da perfeição moral » As paixões

907. Uma vez que o princípio das paixões está na natureza, ele é mau em si mesmo?

“Não; a paixão está no excesso unido à vontade, pois o princípio das paixões foi dado ao homem para o bem, e elas podem levá-lo a grandes coisas; é o abuso que dele se faz que causa o mal.”

908. Como definir o limite em que as paixões deixam de ser boas ou más?

“As paixões são como um cavalo que é útil quando é dominado, e que é perigoso quando é ele que domina. Reconhecei então que uma paixão se torna perniciosa no momento em que deixais de poder governá-la, e tem como resultado um prejuízo qualquer para vós ou para outrem.”

As paixões são alavancas que decuplicam as forças do homem, e o ajudam no cumprimento dos desígnios da Providência; mas se, em vez de dirigi-las, o homem se deixar dirigir por elas, cai nos excessos, e a própria força que, em suas mãos, podia fazer o bem, recai sobre ele e o esmaga.

Todas as paixões têm seu princípio num sentimento ou necessidade natural. O princípio das paixões não é portanto um mal, visto que repousa sobre uma das condições providenciais de nossa existência. A paixão, propriamente dita, é a exageração de uma necessidade ou de um sentimento; ela está no excesso e não na causa; e esse excesso se torna um mal quando tem por consequência um mal qualquer.

Toda paixão que aproxima o homem da natureza animal afasta-o da natureza espiritual.

Todo sentimento que eleva o homem acima da natureza animal denota a predominância do Espírito sobre a matéria e aproxima-o da perfeição.

 

909. O homem poderia sempre vencer suas más inclinações por seus esforços?

“Sim, e às vezes por frágeis esforços; é a vontade que lhe falta. Ah! Quão poucos dentre vós fazem esforços!”

910. O homem pode encontrar nos Espíritos uma assistência eficaz para superar suas paixões?

“Se ele pedir a Deus e a seu bom gênio com sinceridade, os bons Espíritos virão certamente ajudá-lo, pois é a missão deles.” (459.)

911. Não há paixões tão vivas e irresistíveis que a vontade seja impotente para superá-las?

“Há muitas pessoas que dizem: Eu quero, mas a vontade está somente nos lábios; elas querem, e têm muito prazer que isso não ocorra. Quando se crê que não se pode vencer suas paixões, é que o Espírito nelas se compraz em decorrência de sua inferioridade. Aquele que procura reprimi-las compreende sua natureza espiritual; vencê-las é para ele um triunfo do Espírito sobre a matéria.”

912. Qual é o meio mais eficaz de combater o predomínio da natureza corpórea?

“Fazer abnegação de si mesmo.”


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