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O Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XXVIII - Coletânea de preces espíritas » I - Preces gerais » Para os médiuns

8. Nos últimos tempos, diz o Senhor, espalharei do meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e filhas profetizarão; vossos jovens terão visões e vossos velhos, sonhos. Nesses dias, espalharei do meu Espírito sobre os meus servidores e servidoras, e eles profetizarão. (Atos, 2:17 e 18.)


9. PREFÁCIO. Quis o Senhor que a luz se fizesse para todos os homens e que em toda a parte penetrasse a voz dos Espíritos, a fim de que cada um pudesse adquirir a prova da imortalidade. Com esse objetivo é que os Espíritos se manifestam hoje em todos os pontos da Terra e a mediunidade se revela em pessoas de todas as idades e de todas as condições, nos homens como nas mulheres, nas crianças como nos velhos. É um dos sinais de que se cumprem os tempos preditos.

Para conhecer as coisas do mundo visível e descobrir os segredos da Natureza material, outorgou Deus ao homem a vista corpórea, os sentidos e instrumentos especiais. Com o telescópio, ele mergulha o olhar nas profundezas do espaço, e, com o microscópio, descobriu o mundo dos infinitamente pequenos. Para penetrar no mundo invisível, deu-lhe a mediunidade.

Os médiuns são os intérpretes encarregados de transmitir aos homens os ensinos dos Espíritos; ou, melhor, são os órgãos materiais pelos quais os Espíritos se exprimem para se tornarem inteligíveis aos homens. Sua missão é santa, pois ela tem por objetivo abrir os horizontes da vida eterna.

Os Espíritos vêm instruir o homem sobre seus destinos futuros, a fim de o reconduzir na via do bem, e não para lhe poupar o trabalho material que ele deve cumprir neste mundo para seu adiantamento, nem para favorecer sua ambição e sua cupidez. Eis o de que os médiuns devem compenetrar-se bem, para não fazerem mau uso de sua faculdade. Aquele que compreende a gravidade do mandato de que está investido, o cumpre religiosamente; sua consciência lhe reprovaria, como um ato sacrílego, fazer um divertimento e uma distração, para si ou para os outros, de uma faculdade concedida para um objetivo tão sério, e que o coloca em comunicação com os seres de além-túmulo.

Como intérpretes do ensino dos Espíritos, os médiuns têm papel importante na transformação moral que se opera; os serviços que eles podem prestar estão em razão da boa diretriz que dão à sua faculdade, porque os que estão numa má via são mais nocivos do que úteis à causa do Espiritismo. Pelas más impressões que produzem, mais de uma conversão eles retardam. É por isso que ser-lhes-á pedido conta do uso que fizeram de um dom que lhes foi concedido para o bem de seus semelhantes.

O médium que queira conservar a assistência dos bons Espíritos deve trabalhar por sua própria melhoria; aquele que quer ver crescer e se desenvolver sua faculdade deve, ele próprio, crescer moralmente e se abster de tudo o que tenda a desviá-la de seu fim providencial.

Se, às vezes, os bons Espíritos se servem de instrumentos imperfeitos, é para dar bons conselhos e tentar reconduzi-los ao bem; porém, se topam com corações endurecidos e se seus conselhos não são escutados, eles se retiram, e os maus têm então o campo livre. (Cap. XXIV, nos 11 e 12.)

Prova a experiência que, para os que não aproveitam os conselhos que recebem dos bons Espíritos, as comunicações, depois de terem lançado alguma claridade durante certo tempo, degeneram pouco a pouco e acabam por cair no erro, na verbiagem ou no ridículo, sinal incontestável do afastamento dos bons Espíritos.

Obter a assistência dos bons Espíritos, afastar os Espíritos levianos e mentirosos, tal deve ser o objeto dos esforços constantes de todos os médiuns sérios; sem isso a mediunidade se torna uma faculdade estéril, capaz mesmo de redundar em prejuízo daquele que a possui, pois ela pode degenerar em perigosa obsessão.

O médium que compreende seu dever, longe de se orgulhar de uma faculdade que não lhe pertence, visto que lhe pode ser retirada, atribui a Deus as boas coisas que obtém. Se as suas comunicações merecem elogios, delas não se envaidecerá, porque sabe que elas são independentes de seu mérito pessoal, e agradece a Deus por haver permitido que bons Espíritos viessem se manifestar a ele. Se dão lugar à crítica, não se ofende, porque não são obra de seu próprio Espírito; reconhece no seu íntimo que não foi um bom instrumento, e que não possui todas as qualidades necessárias para opor à intromissão dos maus Espíritos; por isso ele busca adquirir essas qualidades e pede, pela prece, a força que lhe falta.

10. PRECE – Deus onipotente, permite que os bons Espíritos me assistam na comunicação que eu solicito. Preserva-me da presunção de me julgar resguardado dos Espíritos maus; do orgulho que me poderia enganar sobre o valor do que obtenho; de todo sentimento contrário à caridade com relação aos outros médiuns. Se eu for induzido em erro, inspira a alguém o pensamento de me advertir, e a mim a humildade que me faça aceitar a crítica com reconhecimento, e tomar para mim mesmo, e não para os outros, os conselhos que os bons Espíritos me queiram ditar.

Se eu for tentado a abusar do que quer que seja, ou a me envaidecer da faculdade que te aprouve conceder-me, eu te peço para me retirá-la, de preferência a permitires que seja ela desviada do seu objetivo providencial, que é o bem de todos, e meu próprio adiantamento moral. 


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