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Revista Espírita 1867 » Junho » Necrologia » O conde de Ourches Revue Spirite 1867 » Juin » Nécrologie » Le comte d'Ourches

O Sr. Conde de Ourches foi um dos primeiros que em Paris se ocuparam das manifestações espíritas, desde o momento em que chegaram as notícias das que haviam ocorrido na América. Pelo crédito que lhe davam sua posição social, sua fortuna, suas relações de família e acima de tudo a lealdade e a honorabilidade de seu caráter, ele contribuiu poderosamente para a sua vulgarização. No tempo da voga das mesas girantes, seu nome tinha adquirido uma grande notoriedade e uma certa autoridade no mundo dos adeptos. Tem ele, pois, seu lugar nos anais do Espiritismo. Apaixonado pelas manifestações físicas, a elas dedicava uma confiança ingênua, um pouco enceguecida e da qual por vezes abusaram, pela facilidade com que elas se prestam à imitação. Exclusivamente dedicado a esse gênero de manifestações apenas do ponto de vista do fenômeno, não acompanhou o Espiritismo na sua nova fase científica e filosófica, pela qual tinha pouca simpatia, e ficou alheio ao grande movimento que se operou nos últimos dez anos.

Morreu a 5 de maio de 1867, aos 80 anos. O Indépendance Belge publicou sobre ele um longo e interessantíssimo artigo biográfico, assinado por Henry de Pène, que foi reproduzido na Gazette des Etrangers de Paris (Rua Seribe, 5) de quinta-feira, 23 de maio. Ali é feita plena justiça às suas eminentes qualidades, e a sua crença nos Espíritos aí é julgada com uma moderação à qual o primeiro destes jornais não nos havia habituado. O artigo termina assim:

“Tudo isto, bem sei, fará dar de ombros um certo número de espíritos positivos que dizem: ‘Ele é louco!’ com toda a inteligência que nalguns casos eles não têm. É fácil dizer que ele é louco.

O Conde de Ourches era um homem superior que se havia proposto o objetivo de ultrapassar os seus semelhantes, unindo as luzes positivas da Ciência aos lampejos e às visões do sobrenatural.”


M. le comte d'Ourches est un des premiers qui se sont occupés des manifestations spirites à Paris dès le moment où y parvinrent les récits de celles qui avaient lieu en Amérique. Par le crédit que lui donnaient sa position sociale, sa fortune, ses relations de famille, et par-dessus tout la loyauté et l'honorabilité de son caractère, il a puissamment contribué à leur vulgarisation. Au temps de la vogue des tables tournantes, son nom avait acquis une grande notoriété et une certaine autorité dans le monde des adeptes; il a donc sa place marquée dans les annales du Spiritisme. Passionné pour les manifestations physiques, il y apportait une confiance naïve un peu trop aveugle et dont un a parfois abusé par la facilité avec laquelle elles se prêtent à l'imitation. Exclusivement adonné à ce genre de manifestations au seul point de vue du phénomène, il n'a pas suivi le Spiritisme dans sa nouvelle phase scientifique et philosophique, pour laquelle il avait peu de sympathie, et il est demeuré étranger au grand mouvement qui s'est opéré depuis dix ans.

Il est mort le 5 mai 1867 à l'âge de 80 ans. L'Indépendance Belge a publié sur lui un très long et très intéressant article biographique, signé Henry de Pène, et reproduit dans la Gazette des Etrangers de Paris (5, rue Scribe) du jeudi 23 mai; il y est rendu pleine justice à ses éminentes qualités, et sa croyance aux Esprits y est jugée avec une modération à laquelle le premier de ces journaux ne nous avait pas habitués. L'article se termine ainsi:

« Tout cela, je le sais, fera lever les épaules à un certain nombre d'esprits positifs qui disent: « Il est fou! » de tout cerveau qui a des cases qu'ils n'ont point. Il est fou est bientôt dit. Le comte d'Ourches était un homme supérieur qui s'était proposé pour but de l'emporter sur ses semblables en unissant les lumières positives de la science aux lueurs et aux visions du surnaturel. »

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