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Revista Espírita 1859 » Dezembro » Os Convulsionários de Saint-Médard Revue Spirite 1859 » Décembre » Les Convulsionnaires de Saint-Médard

(Continuação. Vide o número de novembro)

 

1. ─ (A São Vicente de Paulo). Na última sessão evocamos o diácono Pâris, que teve a bondade de vir. Desejaríamos ter a vossa opinião pessoal sobre ele como Espírito.

─ É um Espírito cheio de boas intenções, porém mais elevado moralmente do que noutros sentidos.

2. ─ Ele estava realmente alheio, como diz, ao que se fazia junto ao seu túmulo?

─ Completamente.

3. ─ Poderíeis dizer-nos como considerais aquilo que se passava com os convulsionários? Era um bem ou um mal?

─ Era antes um mal que um bem. É fácil sabermos disto pela impressão geral produzida por esses fatos sobre os contemporâneos esclarecidos e sobre os seus sucessores.

4. ─ A esta pergunta dirigida a Pâris: “Se a autoridade tinha mais poder que os Espíritos, por que pôs fim aos prodígios?”, sua resposta não nos pareceu satisfatória. Que pensais?

─ Ele deu uma resposta mais ou menos conforme à verdade. Os fatos eram produzidos por Espíritos pouco elevados e a autoridade pôs termo a isso interditando aos seus promotores a continuação dessa espécie de saturnais.

5. ─ Entre os convulsionários, alguns se submetiam a torturas atrozes. Qual era o resultado disto sobre os seus Espíritos depois da morte?

─ Praticamente nulo. Não havia nenhum mérito em atos sem resultado útil.

6. ─ Os que sofriam tais torturas pareciam insensíveis à dor. Eram simplesmente resignados ou realmente insensíveis?

─ Insensibilidade completa.

7. ─ Qual a causa dessa insensibilidade?

─ Um efeito magnético.

8. ─ Elevada a um certo grau, não poderia a superexcitação moral aniquilar-lhes a sensibilidade física?

─ Isto acontecia nalguns deles e os predispunha a sofrer a influência de um  estado que noutros tinha sido provocado artificialmente, pois nesses fatos estranhos  um grande papel foi representado pelo charlatanismo.

9. ─ Desde que esses Espíritos operavam curas, prestavam um serviço. Então, como podiam ser de uma ordem inferior?

─ Não vedes isto todos os dias? Não recebeis por vezes excelentes conselhos e ensinos úteis de certos Espíritos pouco elevados e até levianos? Não podem eles procurar fazer algo que tenha o bem como resultado final, com vistas a um melhoramento moral?

10. ─ Nós vos agradecemos as explicações que tivestes a bondade de nos dar.

─ Sempre vosso.

 


 

Les convulsionnaires de Saint-Médard.

(Suite. - Voir n° de novembre, p. 306.)

1.(A saint Vincent de Paul). Dans la dernière séance nous avons évoqué le diacre Pâris, qui a bien voulu venir; nous désirerions avoir votre appréciation personnelle sur lui, comme Esprit. - R. C'est un Esprit plein de bonnes intentions, mais plus élevé en morale qu'autrement.

2.Est-il véritablement étranger comme il le dit, à ce qui se faisait auprès de son tombeau? - R. Complètement.

3.Veuillez nous dire comment vous envisagez ce qui se passait chez les Convulsionnaires; était-ce un bien ou un mal?- R. C'était un mal plutôt qu'un bien; il est facile de s'en rendre compte par l'impression générale que produisaient ces faits sur les contemporains éclairés et sur leurs successeurs.

4.A cette question adressée à Pâris, savoir: « Si l'autorité avait eu plus de pouvoir que les Esprits, puis qu'elle a mis un terme à ces prodiges, » sa réponse ne nous a pas semblé satisfaisante; qu'en pensez- vous? - R. Il a fait une réponse à peu près conforme à la vérité; ces faits étant produits par des Esprits peu élevés, l'autorité y mit un terme en interdisant à leurs promoteurs la continuation de leurs espèces de saturnales.

5.Parmi les Convulsionnaires, il en est qui se soumettaient à des tortures atroces; quel en était le résultat sur leur Esprit après la mort? - R. A peu près nul; il n'y avait aucun mérite à des actes sans résultat utile.

6.Ceux qui subissaient ces tortures paraissaient insensibles à la douleur; était-ce chez eux simple résignation, ou insensibilité réelle? - R. Insensibilité complète.

7.Quelle était la cause de cette insensibilité? - R. Effet magnétique.

8.Est-ce que la surexcitation morale, arrivée à un certain degré, ne pouvait pas anéantir chez eux la sensibilité physique? - R. Cela y contribuait chez certains d'entre eux, et les disposait à subir la communication d'un état qui avait été provoqué artificiellement chez d'autres, car le charlatanisme joua un très grand rôle dans ces faits étranges.

9.Puisque ces Esprits opéraient des guérisons, c'était rendre service, et alors comment pouvaient-ils être d'un ordre inférieur? - R. Ne voyez- vous pas cela tous les jours? Ne recevez-vous pas quelquefois des conseils excellents et d'utiles enseignements de certains Esprits peu élevés, légers même? Ne peuvent-ils pas chercher à faire quelque chose de bien comme résultat définitif en vue d'une amélioration morale?

10.Nous vous remercions des explications que vous avez bien voulu nous donner. - R. Tout à vous.

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